A importância das Boas Práticas de Fabricação nas empresas de alimentação

* Lucas Vieira

De vez em quando ouvimos falar a respeito de casos de pessoas que passaram mal por terem ingerido alimentos contaminados. Aqui em Alagoas, precisamente em Coruripe, tivemos o caso de uma criança que morreu por contaminação pela toxina Botulínica, após consumir sardinha enlatada. Seja por falta de conhecimento, seja por puro descaso, o que muito observamos é que as pessoas dão sorte para o azar, consumindo alimentos sem observar a procedência ou a higiene do estabelecimento. Com certeza você já deve ter ouvido a seguinte frase: O que não mata, engorda!


Mas, o que precisamente leva uma pessoa a ter problemas com determinados alimentos? A resposta esta na falta de procedimentos adequados na manipulação e preparo desses alimentos, ou seja, o não conhecimento das normas estabelecidas nas Boas Práticas de Fabricação de Alimentos (BPF). A falta de Boas Práticas de Fabricação no preparo, manuseio, armazenamento e distribuição dos alimentos é a principal causadora das doenças transmitidas por alimentos (DTA).


As BPF são normas exigidas as empresas de alimentação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que devem ser adotadas para garantir a qualidade sanitária e fabricação dos produtos alimentícios de acordo com os regulamentos técnicos. Nas BPF são apresentadas as formas adequadas de manipular, preparar, acondicionar, aquecer, servir e transportar os alimentos. A cada dia se registra novos casos de surtos causados por alimentos contaminados. No período de 1999 a 2007, segundo dados da ANVISA, foram registrados 114 mil casos de DTA. Desse total, 83,5% foram causados por bactérias, 14,1% por vírus e 2,4% por produtos químicos. A maior vilã ainda continua sendo a bactéria Salmonella, que corresponde a 33,5% das DTAs, sendo ocasionada principalmente pela uso de ovos in natura (crus) em maioneses caseiras e sobremesas, além de carnes mal passadas. Outra bactéria que tem ocasionado muitas DTAs é a Echerichia Coli, oriunda principalmente da falta de higiene de quem manipula os alimentos. Em recente visita ao nosso estado, o Biomédico Roberto Figueiredo, o “Sr. Bactéria”, lançou a campanha “Mãos Limpas” que esta sendo implementada pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas, o simples ato de lavar as mãos já diminui consideravelmente o risco de contaminação.


Através da implementação das Boas Práticas de Fabricação, as empresas passam a contar com uma ferramenta de controle de qualidade da sua produção. É fundamental para as empresas que as BPF sejam orientadas e acompanhadas por profissionais especializados (Gestores em Alimentação, Nutricionistas e Técnicos em Nutrição). As empresas que utilizam as BPF, possibilitam aos seus clientes e funcionários um ambiente com máxima qualidade, o que permite um retorno favorável a sua imagem e ao seu produto. As empresas que ainda não possui as BPF colocam em risco os seus clientes e funcionários e perde espaço num mercado cada vez mais competitivo e exigente.


Uma das frases mais célebres de Hipócrates, considerado o Pai da medicina, retrata bem a importância do alimento em nossas vidas, que diz: “Que seu alimento seja teu remédio e que seu remédio seja o teu alimento”. Complementando a frase de Hipócrates, digo: Não faças do teu alimento o teu veneno. Saiba mais recebendo nosso Newslatter, solicite através do e-mail: boaspraticascons@gmail.com Até a próxima e bom apetite com Alimentação Segura.


* Gestor em Negócios de Alimentação pela UNCISAL e Diretor da Boas Práticas Consultoria.

Artigo publicado na Revista Ponta Verde - Nº 57 - Edição Agosto de 2010 - Pág. 15 e no site http://www.webartigos.com/

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